Postulados principais da Fenomenologia - Existencial
I. Considera o homem enquanto indivíduo, que tem objetivos particulares e atribui diferentes sentidos às diversas formas de existir. A experiência interior ou subjetiva é entendida enquanto um fenômeno particular e inerente a cada um e se sobressai diante da verdade “objetiva” em si.II. O homem não “está pronto”, pois ele se faz no decorrer do seu próprio existir.
III. O mundo pode se apresentar para além de nossa compreensão, já que esta, encontra-se em constante construção. Vale acrescentar que não pretende se estabelecer nenhuma justificativa que seja dada como absoluta, mas sim busca-se um sentido que possa harmonizar as turbulências que acompanham nossa existência.
IV. A liberdade de cada um ganha valor à medida que o sujeito de apropria das responsabilidades envolvidas em cada escolha.
A verdade é subjetiva, pois resulta da maneira de como os fenômenos são significados pelo sujeito.
O pensamento existencialista, fundamenta-se em uma concepção de Homem que reconhece que a existência, precede a essência. Assim, encontramos um viés de diálogo que pode se estabelecer entre a Fenomenologia Existencial e os estudos Lacanianos.
Considerando o despertar de uma curiosidade sobre a correlação entre Existência e Essência, me coloco à disposição, para contribuir na busca de “novos” sentidos, à partir da apropriação de sua singularidade, viabilizando o despertar do interesse, em se deparar com outros desdobramentos de sentido, no seu percurso existencial.
A existência é fundamentada pelo homem a partir de três contextos, os quais:
- o modo de vida estético → busca-se aproveitar a vida em cada momento
- o modo ético → age sempre de forma correta nos contextos de trabalho, vida pessoal e familiar
- o modo religioso → quando o sujeito age com base em uma consciência de fé
A existência demarcada por fenômenos existenciais:
- Passado → afetividade
- Presente → fala
- Futuro → o entendimento direcionado pelo presente
Para Sartre, a única maneira de atingirmos a verdade, evitando tornar o homem objetivo é a partir do “cógito” (subjetividade). Por ele, podemos desvelar o mundo a partir da intersubjetividade.